(...) o dever de dotarmos de humanidade a comunidade dos homens.
(...)
A sociedade humana distingue-se de um rebanho de animais porque é possível nela haver quem seja sustentado por outrem; distingue-se porque tem a capacidade de conviver com inválidos, e tal maneira que poderíamos dizer que a sociedade humana naceu dom a compaixão e prestação de cuidados a outrem, qualidades que são exclusivamente humanas. O problema que hoje nos preocupa diz respeito a saber como poderemos transpor essa compaixão e essa solicitude a escala planetária. (...)
Não consigo pensar noutra coisa mais importante do que esta. É por ela que temos que começar. 

Confiança e medo na cidade, Zygmunt Bauman Tradução: Miguel Serras Pereira  Relógio D' água Editores